Pataca de Macau

Pataca de Macau
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A pataca de Macau ou pataca macaense (, Jyutping: Oumunjyn, romanização Yale: Au4men2yuan2; código ISO 4217: MOP) é a moeda oficial de Macau. É subdividida em cem avos (仙; sin), com dez avos sendo denominados como ho (毫) em cantonês. A abreviação MOP$ é comummente utilizada.

Macau adotou um comité monetário em que a pataca, de curso legal, é apoiada inteiramente pelas reservas internacionais, neste caso, pelo dólar de Hong Kong. Além disso, este comité monetário, a Autoridade Monetária de Macau (AMCM), tem a obrigação legal de emitir e resgatar a pataca sob demanda em relação ao dólar de Hong Kong, a uma taxa de câmbio fixa e sem limite.

A pataca foi introduzida em Macau e em Timor Português (na época colónias de Portugal e atualmente: Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China e República Democrática de Timor-Leste) no ano de 1894, como uma unidade de conta. Inicialmente, a unidade correspondia ao peso mexicano, e substituiu o real português com uma taxa de câmbio de uma pataca = quatrocentos e cinquenta réis. O nome pataca deriva do facto de os portugueses sempre se referirem a peça de oito como pataca mexicana.

No final do, não havia uma moeda única em utilização em Macau, mas as moedas predominantes que circulavam eram as de prata como o peso mexicano, os dólares comerciais britânicos de Hong Kong e dos Estabelecimentos dos Estreitos, bem como os dólares de prata e a moeda fracionária da província vizinha de Cantão. O governo de Macau, querendo criar a sua própria moeda oficial, autorizou, em 1901, o Banco Nacional Ultramarino (BNU) a emitir notas com a denominação de patacas. A 27 de janeiro de 1906, as notas em valores de 1, 5, 50 e 100 patacas foram introduzidas e todas as moedas estrangeiras foram proibidas, para tornar a pataca a única moeda de curso legal em Macau. No entanto, como os chineses estavam acostumados a utilizar a prata nos negócios, suspeitaram deste novo papel-moeda, e como tal, a nota da pataca sempre circulou com desconto em relação às moedas de dólar de prata. Em contrapartida, uma ação semelhante exatamente ao mesmo tempo nos Estabelecimentos dos Estreitos e com a mesma finalidade, teve um efeito diferente em transformar o novo dólar dos Estreitos para o padrão-ouro comercial. Assim, tanto a pataca de Macau quanto o dólar dos Estreitos foram lançados num valor esterlino de dois xelins e quatro dinheiros, mas onde o dólar dos Estreitos manteve-se neste valor até a década de 1960, a pataca de Macau flutuou com o valor da prata, assim como a unidade de Hong Kong.

Em 1935, quando Hong Kong e a China abandonaram o padrão-prata, a unidade de Hong Kong foi indexada à libra esterlina a uma taxa de um xelim e três dinheiros, enquanto que a pataca de Macau foi indexada ao escudo português a uma taxa de 5,5 escudos. Isto significava que a pataca de Macau valia apenas um xelim esterlino e portanto, com um desconto de três libras esterlinas em relação à unidade de Hong Kong.

A primeira moeda exclusiva de Macau entrou em circulação em 1952, após as últimas moedas fracionárias serem cunhadas pela pataca de Timor Português. Naquele ano em Macau, as notas abaixo de dez patacas foram substituídas por moedas.

Em 1980, o governo de Macau criou o Instituto Emissor de Macau (IEM), que recebeu o direito de monopólio para emitir as notas em patacas. O Banco Nacional Ultramarino tornou-se o banco agente do IEM e continuou as suas funções de emissão de notas. Num acordo feito com o Banco Nacional Ultramarino a 16 de outubro de 1995, o Banco da China, Sucursal de Macau (中國銀行澳門分行) tornou-se o segundo banco emissor de notas. A autoridade para emitir as patacas foi transferida para a Autoridade Monetária de Macau.

País
  • Macau
    Macau (em chinês tradicional: 澳門; em chinês simplificado: 澳门; pinyin: Àomén, ; em cantonês jyutping: ou3mun4*2, em cantonês Yale: Oumùhn,, em hacá: Au4mun2) é uma das regiões administrativas especiais da República Popular da China desde 20 de dezembro de 1999, sendo a outra Hong Kong. Antes desta data, Macau foi colonizada e administrada por Portugal durante mais de 400 anos e é considerada o primeiro entreposto, bem como a última colónia europeia na Ásia.

    A colonização de Macau teve início em meados do, com uma ocupação gradual de navegadores portugueses que rapidamente trouxeram prosperidade a este pequeno território, tornando-o numa grande cidade e importante entreposto comercial entre a China, a Europa e o Japão. Macau atingiu o seu auge nos finais do e nos inícios do, mas só em 1887 a China reconheceu oficialmente a soberania e a ocupação perpétua portuguesa de Macau, através do "Tratado de Amizade e Comércio Sino-Português". Em 1967, como consequência do Motim 12-3, que marcou a revolta de residentes chineses de Macau a favor dos comunistas, em 3 de dezembro de 1966, Portugal renunciou à sua ocupação perpétua de Macau. Em 1987, após intensas negociações entre Portugal e a República Popular da China, os dois países acordaram que Macau voltaria para a soberania chinesa no dia 20 de dezembro de 1999.