Mapa - Condor (Rio Grande do Sul) (Condor)

Condor (Condor)
Condor é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul.

O território que hoje compreende Condor era parte da sesmaria de Joaquim Thomaz da Silva Prado que, em meados do século XIX, foi dividida em seis estâncias. No final daquele século, começou a colonização por imigrantes alemães. A Empresa de Colonização Dr. Herrmann Meyer, fundada pelo geógrafo que dava nome a ela e comandada pelo pastor luterano Hermann Faulhaber administrava a Colônia Neu-Württemberg, que deu origem à cidade vizinha de Panambi. Percebendo que precisavam ampliar, compraram terras no atual território condorense a partir de 21 de dezembro de 1901, pela Posse Gomes. Os territórios de mato foram ocupados pelos imigrantes alemães, evangélicos em sua maioria, enquanto que as regiões de campo estavam nas mãos de descendentes de portugueses e castelhanos, de maioria católicos.

Os lotes da Colônia em Condor começaram a ser vendidos em dezembro de 1909 e duraram até cerca de 1911. Em 1909, a colonização começou nas linhas Divisa, Raiz, Pinhal e Alfred; em 1910, nas linhas Palmeira, Clara, Herrmann e Zeppelin; em 1911, nas linhas Roland e Siegfrid; em 1915, na linha Emden; e em 1916 nas linhas Weddigen (atual Ramada) e Mambuca. Em 13 de dezembro de 1910, foi fundada Magdalenenneuland, depois Sete de Setembro, que se tornou o quarto distrito de Palmeira em 6 de agosto de 1918. Em 1935, o nome mudou para Vila Liberdade e, em 1º de janeiro de 1945, para Vila Condor, por determinação do IBGE, pois em Minas Gerais já havia um município com este nome. Conforme a lenda, a passagem de um furacão em 1931 teria arrastado um condor para a localidade, vindo daí o nome. Além dos nomes oficiais, Condor também já foi chamada de Boca da Picada e Vila Seca.

O território de Condor era, inicialmente, parte de Rio Pardo, município criado em 1809, depois de Cruz Alta, criado em 1821 e de Palmeira das Missões, criado em 1874. Por fim, de Panambi, a partir de 15 de dezembro de 1954, até a emancipação, em 1966. Quando da movimentação pela emancipação de Panambi, buscou-se corrigir um “erro” histórico: Condor deveria ser parte da nova cidade, e não mais de Palmeira, devido à mesma colonização alemã. Segundo o historiador Wehrmann, para os emancipacionistas “Condor era e sempre seria filha de Panambi. Estão interligados pela história. Seus laços são fortes. Condor emerge e é ampliação de Panambi”. Entre os benefícios de ligar-se a Panambi estavam, segundo os emancipacionistas, a ligação comercial entre as duas, a proximidade geográfica e as relações culturais, espirituais e de parentesco entre os moradores. A disputa entre contrários e favoráveis à emancipação foi violenta, incluindo ataques armados. No plebiscito, em Panambi venceu a ala pró-emancipação, mas em Condor o resultado foi contrário, sob acusações de cancelamentos de títulos de eleitor e ameaças. Dessa forma, Condor votava por continuar sendo parte de Palmeira das Missões.

Em 1953, recomeçava a campanha pela emancipação de Panambi e anexação de Condor. Desta vez, saiu vitoriosa a ala pró-emancipação na consulta. O novo município foi criado em 15 de dezembro de 1954 e, na primeira eleição, realizada no ano seguinte, Condor obteve maioria no legislativo panambiense. No entanto, logo iniciaram as movimentações pela separação de Condor. As iniciativas começaram em 1962, mas é em 1964 que ocorre a primeira reunião. Em 29 de agosto do ano seguinte foi feito o plebiscito, em que 674 eleitores votaram pela emancipação e 543 contra. O município foi criado em 17 de novembro de 1965 e instalado em 14 de maio de 1966. Em 20 de abril de 1966, o presidente da república nomeou Adolfo Ebert como interventor de Condor. O novo município recebeu apenas o prédio da subprefeitura, em precárias condições, sem nem mesmo mobiliário, na atual Praça Pedro Gaertner. Em 14 de maio de 1966, a prefeitura passou para um prédio de alvenaria alugado, localizado na esquina sudoeste das ruas do Comércio e Bento Gonçalves, onde o poder público municipal permaneceu até 28 de dezembro de 1982, quando foi inaugurado o atual centro administrativo municipal.

Ainda em 1966 foi instalada a delegacia de polícia e, no ano seguinte, o município recebia o primeiro grupo de polícia militar. Anteriormente, a cidade era protegida pela polícia de Panambi. Antes disso, porém, a segurança era feita pelos próprios moradores. Durante a Revolução de 1923, os moradores da Colônia Neu-Württemberg (Panambi e Condor) formaram um grupo de autodefesa chamada Selbstschutz, para proteger a cidade dos maragatos. Os armamentos – espingardas, revólveres e facões, principalmente – eram dos próprios moradores. Todos os colonos de 18 a 45 anos tinham a obrigação de servir no Selbstschutz. O grupo, porém, nunca entrou em combate com os adversários e foi desativado após a década de 1920.

A organização dos colonos na Selbstschutz, entretanto, deu frutos. Depois dessa primeira experiência de cooperação nasceu a União Colonial, que buscava fomentar o desenvolvimento agrícola, e a Caixa Rural, primeiro banco do município. A presença de cooperativas permaneceu nos anos seguintes, com a Genossenschaft, a cooperativa do tabaco e a Cooperativa Agrícola Mista Mambuca, por exemplo, e está ativa até hoje, com a Cotripal.

O primeiro professor de Condor foi Venceslau Pinheiro, que chegou ao Rincão dos Pinheiros em 1907 e lecionou em sua casa para crianças da redondeza. No início de 1912, Hermann Faulhaber começou os planos de construção de uma escola ao norte do rio Palmeira. A Escola Particular Palmeira (Palmeira-Schule) foi criada em 7 de outubro de 1912, a primeira de Condor. A educação pública começou a ser oferecida em 1921, com a professora Agostinha Dill. O ensino público estadual começou em 13 de agosto de 1940, com a fundação do Grupo Escolar Liberdade. O ensino médio passou a ser oferecido a partir de 1979. A taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade é de 98,3%.

Em 16 de janeiro de 1952, foi realizada uma reunião para formação da sociedade hospitalar. A fundação da Associação Protetora do Hospital Boa Esperança aconteceu em 19 de julho do mesmo ano. A construção do hospital, porém, só começou em 1957, sendo logo parada. Várias campanhas de arrecadação de material e dinheiro foram realizadas. A inauguração acabou só acontecendo em 18 de março de 1962. Em 25 de maio de 1970 o nome foi alterado para Hospital Beneficente de Condor.

 
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