Bahrein (Kingdom of Bahrain)
Bandeira do Barém |
O Barém é o local da antiga civilização de Dilmum. A ilha é famosa desde a antiguidade por sua pesca de pérolas, que foram consideradas as melhores do mundo no século XIX. O Barém foi uma das primeiras áreas a se converter ao Islã, durante a vida de Maomé em 628. Após um período de domínio árabe, o Barém foi governado pelo Império Português de 1521 a 1602, após a conquista pelo xá Abas I do Império Safávida. Em 1783, o clã Bani Utba capturou o Barém de Nasr Al-Madhkur e desde então tem sido governado pela família real Al Khalifa, com Ahmed al Fateh como o primeiro emir do Barém.
Após sucessivos tratados com os britânicos, o Barém tornou-se um protetorado do Reino Unido em 1861. Em 1971, declarou independência e se tornou formalmente um Emirado. Porém, em 2002, o país foi declarado uma monarquia constitucional islâmica. Em 2011, houve uma série de protestos no Barém, inspirados na Primavera Árabe, esmagados com ajuda militar da Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Na região do golfo Pérsico, onde se situa o país, há muito se praticam atividades econômicas muito importantes, como o comércio e as comunicações. Mas, a continuidade do subdesenvolvimento do Barém perdurou até ser descoberto o petróleo, em 1932, na ilha mais importante, que em árabe também se chama "Bahrayn". Hoje em dia, o país tem um dos melhores índices de Desenvolvimento Humano da região do Golfo, e um dos piores no capítulo das liberdades e direitos humanos. O Barém desenvolveu a primeira economia pós-petróleo no golfo Pérsico, sendo o resultado de décadas de investimentos nos setores bancário e turístico; muitas das maiores instituições financeiras do mundo estão presentes na capital do país. O Barém é membro das Nações Unidas, Movimento Não Alinhado, Liga Árabe, Organização para a Cooperação Islâmica e Conselho de Cooperação do Golfo.
O nome do país vem do árabe Bahrayn, que é a forma dual da palavra bahr ("mar") e significa, portanto, "dois mares". A que "dois mares" o nome do país se refere exatamente é tema que até a presente data gera debate: podem referir-se às baías a leste e a oeste da ilha, aos mares a norte e a sul da mesma (o que a separa do Irão e da Arábia, respetivamente), ou à água salgada e doce presente por cima e por baixo do solo. Outros sugerem que o primeiro mar é o que está em volta do país e o segundo "mar" representa metaforicamente a abundância natural de águas termais no interior da própria ilha.
Até finais da Idade Média, o arquipélago era conhecido entre os árabes pelo nome de Awal, ao passo que o termo al-Bahrayn referia-se à região leste da Arábia, que se estendia desde Baçorá, no Iraque, até ao estreito de Ormuz, em Omã, e incluía o Cuaite e as províncias de al-Hasa e al-Katif. É neste sentido que o termo é usado no Corão, onde aparece cinco vezes. Não se sabe exatamente a partir de que momento o termo passou a designar apenas o arquipélago, mas já em 1556 o poeta português Luís de Camões refere a "ilha Barém" em Os Lusíadas.
De resto, na língua portuguesa, a grafia mais tradicional para o nome do país é Barém, encontrada já duas vezes em Os Lusíadas. No Brasil, acabou por tornar-se recentemente muito difundida a forma Barein, homófona à forma tradicional, porém calcada nas transliterações francesa - Bahrain ou Bahrayn - ou inglesa - Bahreyn ou Bahrein - do topônimo. No entanto, essa grafia foge à regra ortográfica da língua portuguesa para as palavras terminadas no som de "-ei" nasalizado no final: "bem", "hem!", "porém", "também", "trem".
Moeda / Linguagem
ISO | Moeda | Símbolo | Algarismo significativo |
---|---|---|---|
BHD | Dinar bareinita (Bahraini dinar) | د.ب | 3 |
ISO | Linguagem |
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FA | Língua persa (Persian language) |
UR | Língua urdu (Urdu) |
AR | Língua árabe (Arabic language) |